O termo Inteligência Emocional surgiu pela primeira vez em 1966, em documentos científicos, pelo psicólogo americano Hanskare Leuner. Mas apenas nos anos 90 esse termo foi aprofundado pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer. Segundo eles, Inteligência emocional é “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
Então, em 1995, Daniel Goleman, escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, lançou o livro Inteligência Emocional, trazendo o embate entre o Quociente de Inteligência (QI) e o Quociente Emocional (QE). Segundo Goleman, Inteligência Emocional é a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz, sendo o controle das emoções essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo. O modelo de Goleman foca em uma série de competências e habilidades que, de acordo com ele, propiciam melhores desempenhos profissionais – inclusive, como líder.
O psicólogo posiciona a Inteligência Emocional como o conjunto de competências e habilidades fundamentadas em cinco pilares:
Autoconsciência – capacidade de reconhecer as próprias emoções
Autorregulação – capacidade de lidar com as próprias emoções
Automotivação – capacidade de se motivar e de se manter motivado
Empatia – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros
Habilidades sociais – conjunto de capacidades envolvidas na interação social
Existe uma vasta literatura científica que fundamenta os benefícios de ter um alto nível de Inteligência Emocional, relacionando-a à traços de generosidade, bem-estar e, inclusive, sucesso profissional.
Um estudo publicado na Psychological Science mostrou que pessoas com maior conhecimento sobre regulação emocional têm mais propensão a pensarem no “bem social” quando em meio a um problema ou dificuldade.
Autores de um artigo publicado no Journal of Clinical Nursing demonstraram também que existem relações inversas entre a capacidade de controle emocional e o estresse no ambiente de trabalho.
Empreendedores e líderes são expressivamente beneficiados por altos níveis de Inteligência Emocional, apresentando maior resiliência no enfrentamento de obstáculos e eficácia na liderança de empresas.
Segundo Cherniss, PhD da Universidade Rutgers, a capacidade de ter perspectivas positivas (parte da automotivação, um dos pilares da Inteligência Emocional) está associada com maior habilidade de venda e taxa de sucesso acadêmico. Além disso, demonstrar emoções positivas pode beneficiar trabalhos em equipe, levando à melhora na cooperação, na performance do grupo e maior preocupação com o que é justo.
Fonte: napratica.org.br
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