Já vimos por aqui o quanto o conhecido “hormônio do amor” é capaz de afetar nosso comportamento emocional e engajamento com a vida, aumentando nosso bem-estar, empatia, prazer e também habilidades sociais. Agora, você imagina como seu ambiente de trabalho pode afetar a produção desse hormônio, a Ocitocina, no corpo humano?
Comprovado pelo Neuroeconomista Paul Zak, um ambiente de trabalho saudável e de confiança, onde os colaboradores se sintam à vontade e felizes em desempenhar suas funções, afetam positivamente o funcionamento do metabolismo dos indivíduos, fazendo com que seus organismos produzam mais Ocitocina, conhecida também como "hormônio do trabalho em equipe". Zak examinou durante 20 anos amostras de sangue de funcionários e suas atividades cerebrais, em empresas, e constatou que fatores externos - de motivação - são providenciais para a ativação dos elementos químicos que alteram os níveis de energia e comprometimento, aumentando a predisposição das pessoas para as atividades profissionais em colaboração, sendo um belo empurrão da natureza para se conquistar equipes mais eficientes, ideias inovadoras e o crescimento da produtividade. Além disso, o Neuroeconomista viu o quanto esse ambiente de trabalho confiante é vantajoso também economicamente. Zak concluiu que pessoas que trabalham em empresas de alta confiança ganham muito mais dinheiro do que aquelas que não. Já as empresas que evoluíram de um nível baixo de confiança para um alto, aumentaram a produtividade de seus funcionários em até 10 mil dólares por ano.
Com base nas suas comprovações, Zak desenvolveu um sistema de ação para Recursos Humanos padronizarem as práticas nas empresas, o Oxytocin (ocitocina em inglês). Esse sistema é baseado em oito passos, cada um representando uma letra da palavra: Ovação (Ovation), Expectativa (eXpectation), Produtividade (Yield), Transferência (Transfer), Abertura (Openness), Cuidado (Caring), Investimento (Invest) e Natural (Natural).
Ovação (Ovation): reconhecer os aspectos positivos do colaborador e do trabalho realizado por ele, inesperadamente, próximo da data que a meta foi atingida, publicamente e de um modo personalizado.
Expectativa (eXpectation): entender o que os funcionários estão fazendo e garantir um ambiente tranquilo para que eles permaneçam focados no que estão fazendo, sem que outras coisas, mesmo do trabalho, o atrapalhem.
Produtividade (Yield): permitir o aprendizado com os erros, sem reprimir os colaboradores, mas sim entender junto com o funcionário o que ele fez de errado e o porquê algo não deu certo.
Transferência (Transfer): rotatividade ao invés de demissão. Quando um colaborador não se encaixa em uma função é importante considerar sua realocação para outras funções e equipes.
Abertura (Openness): ser aberto e franco com os colaboradores e também abrir espaço para que eles sejam honestos com a liderança e se sintam confortáveis para compartilhar caso algo o estejam incomodando.
Cuidado (Caring): demonstrar interesse nos colaboradores e incentivar que eles também o demonstrem entre si.
Investimento (Invest): dialogar abertamente com os colaboradores sobre os objetivos de toda a equipe, seja dentro ou fora da empresa.
Natural (Natural): humanizar as relações com os colaboradores delegando as funções que não dominam e permitam à equipe e a si mesmos aprender com o processo.
Fonte: Sincodiv SP
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